O que nos conecta a um futuro sustentável?
É esta pergunta que nos motiva a buscar alternativas, na forma de planos e ações concretas que irão transformar o Brasil e o Mundo, por meio de soluções mais inclusivas e inovadoras.

Conexão 2030:
Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável
A emergência da transição para uma sociedade mais sustentável, resiliente e justa se acentua na medida em que nos aproximamos do ano de 2030. Pelas lentes da questão climática, da preservação da biodiversidade e do patrimônio ambiental, a urgência aumenta em paralelo às demandas sociais crescentes, evidenciando a importância das Conexões entre os diferentes atores do desenvolvimento global e exigindo a criação de estratégias e soluções conjuntas. Nesta perspectiva, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), que é o conjunto de metas consensuais entre os países das Nações Unidas a serem alcançadas até 2030, contribuem para organizar prioridades fundamentais e têm o desafio de aprofundar as Conexões para que os próximos dias, anos e décadas sejam inclusivos, igualitários e sustentáveis.
A crise da Covid-19 colocou ainda mais holofotes sobre a importância das Conexões. Do impacto à solução, a perspectiva coletiva e sistêmica ganha destaque, pois para a crise sanitária ser totalmente superada é necessário mobilização e coordenação entre atores estratégicos, além da criação de soluções com olhar sobre os desequilíbrios econômico-sociais entre os territórios. É importante discutir e disseminar soluções como a bioeconomia, o desenvolvimento de cidades sustentáveis e inteligentes, a perspectiva sustentável em projetos de infraestrutura e logística, e o debate sobre a diversidade, inclusão e empreendedorismo.
A transição para esse modelo de desenvolvimento mais sustentável, inclusivo e inovador requer políticas públicas capazes de orientar a execução do planejamento econômico e social e contribuir para maior Conexão entre atores, ações e projetos. Neste contexto, as políticas de financiamento se inserem como a ponte entre os objetivos e os resultados, viabilizando as agendas e mobilizando recursos para as ações coordenadas na economia e sociedade. As Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs), que possuem sólido histórico de proatividade na realização de projetos estratégicos ao desenvolvimento, são peças-chave para a viabilidade das ações em torno dos objetivos da Agenda 2030, como deixa evidente o Plano ABDE 2030 de Desenvolvimento Sustentável, que será lançado durante o Fórum do Desenvolvimento.
Organizado anualmente pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Fórum do Desenvolvimento busca reunir membros do SNF, governos federal e subnacionais, organismos internacionais, órgãos representantes da sociedade civil e especialistas, com o objetivo de encontrar caminhos para as agendas do desenvolvimento sustentável brasileiro. A ABDE entende que as agendas de futuro serão bem-sucedidas apenas na medida em que puderem ser construídas a partir do diálogo e convida todos os interessados a oferecerem sua contribuição para o debate.


A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que reúne membros do Sistema Nacional de Fomento (SNF) composto por bancos de desenvolvimento e agências de fomento de todo o país, além da Finep e do Sebrae, está desenvolvendo um plano para intensificar a contribuição dessas instituições no cumprimento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), traçada pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. O Plano ABDE 2030 de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo trazer propostas concretas de políticas públicas, com ênfase na temática do financiamento, que contribuam para um desenvolvimento mais sustentável, inclusivo e inovativo para o Brasil. Considerando a trajetória percorrida pela ABDE nos últimos anos, o Plano ABDE 2030 estará alinhado aos ODS, em consonância com o Acordo de Paris e com a Agenda de Ação de Addis Abeba.
Segundo o “Relatório Luz da Sociedade Civil sobre a Agenda 2030”, realizado por organizações não governamentais, entidades e fóruns da sociedade civil brasileira e divulgado em julho, o país está atrasado no cumprimento das 17 metas dos ODS, ainda que a Agenda tenha ganhado projeção no mundo.Na ABDE o tema ganhou impulso após a definição do Planejamento Estratégico (2020 – 2023).
Desde então, a Associação tem trabalhado na implementação de projetos que visem à aproximação das instituições do Sistema Nacional de Fomento (SNF) à agenda dos ODS, de modo a estimular a incorporação de critérios, instrumentos e políticas de finanças sustentáveis por seus membros, bem como promover o aprimoramento da arquitetura institucional nacional e subnacional para o desenvolvimento sustentável brasileiro.
O Plano será encaminhado aos candidatos à presidência, órgãos do Governo Federal e presidentes da Câmara e do Senado em fevereiro de 2022. Haverá ainda um esforço de disseminação do Plano ABDE 2030 para todo o corpo das Associadas da ABDE, sociedade civil, academia e especialistas. Para a produção do documento serão realizados ciclo de workshops sobre os ODS, entrevistas com especialistas internos e externos ao SNF e ações com entidades internacionais parceiras, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), além de audiências públicas na Câmara e no Senado e levantamento de dados. As discussões culminarão na elaboração de políticas públicas e projetos de lei a fim de facilitar o cumprimento dos ODS e impulsionar o desenvolvimento sustentável do país.
Programação
Lançamento do Plano ABDE 2030 de Desenvolvimento Sustentável
Gustavo Montezano Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) e da Assembleia da ABDE
Jeanette Lontra Presidente do BADESUL e da ABDE
Rebeca Grynspan Secretária Geral da UNCTAD
Ricardo Mourinho Félix Vice-Presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI)
Marie-Hélène Loison Diretora Geral Adjunta da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)
Jorge Arbache Vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF)
Heiko Thoms Embaixador da Alemanha no Brasil, Embaixada da Alemanha
Susana Cordeiro Guerra Gerente de Instituições para o Desenvolvimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Silvia Rucks Coordenadora Residente das Nações Unidas no Brasil (ONU Brasil)
Eugênia Regina Melo Diretora de Governo do Banco de Brasília (BRB)
Jeanette Lontra Presidente do Badesul e Presidente da ABDE
Valdecir Tose Presidente do Banco da Amazônia e Vice-Presidente da ABDE
Sergio Suchodolski Presidente da Desenvolve SP
Comentários: Karin Vazquez Professora O.P. Jindal Global University
Zeina Latif
Nelson Marconi
Germano Rigotto
Guilherme Mello
Moderação: José Luis Gordon Secretário Executivo ABDE
Rodada de perguntas com participação de diretores da ABDE:
Paulo Costa Presidente da Desenbahia
Jair Marques Presidente da Desenvolve MT e Diretor da ABDE
Luiz Awazu Pereira da Silva Vice-Diretor Geral do Bank for International Settlements (BIS)
Alexandre Staff Varela Chefe do Escritório Regional para América Latina do BEI
Paloma Casero Diretora do Banco Mundial para o Brasil
Adama Mariko Diretor Executivo Adjunto de estratégia da AFD e Secretário Geral do Finance in Common
Moderação: Sergio Suchodolski Presidente da Desenvolve SP
Lamine Sow Diretor Ajunto da AFD no Brasil
Marcos Thadeu Profissional Sênior Escritório Regional Américas do New Development Bank
Jorge Moreira da Silva Diretor da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Moderação: Cristiano Prado Coordenador da Unidade de Desenvolvimento Socioeconômico Inclusivo do PNUD Brasil
Cases: Sicredi e BANDES
Rafael Cavazzoni Especialista líder em mercados financeiros do BID
Martin Schröder Diretor do KfW no Brasil
Luana Ozemela CEO DIMA Consult
Moderação: Paulo Bouças Diretor do Banco do Brasil
Case: Desenvolve MT
Jorge Arbache Vice-Presidente da CAF
Maria Netto Chefe Mercados e Instituições Financeiras do NDB
Chandra Shekhar Sinha Coordenador mercado de carbono no departamento de desenvolvimento sustentável do Banco Mundial
Moderação: Bruno Laskowsky Diretor do BNDES
Erivaldo Gomes Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia
Heraldo Neves Presidente da Fomento Paraná
Mobilizando atores e instrumentos para impulsionar a agenda do desenvolvimento sustentável
Richard Martínez Alvarado Vice-presidente de países do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Jeanette Lontra Presidente do Badesul e da ABDE
Morgan Doyle Representante do BID no Brasil
Thiago Borba Coordenador do Ramo Crédito do Sistema OCB
Carlos Mussi Diretor do escritório do Brasil da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL
Dennis Fritsch Coordenador sênior para a economia azul da Iniciativa Financeira do Programa da ONU para o Meio Ambiente (UNEP FI)
Claus Reiner Diretor do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA) para o Brasil
Izabella Teixeira Co-Chair do Painel Internacional de Recursos Naturais do UNEP
Valdecir Tose Presidente do Banco da Amazônia
Moderação: Mercedes Bustamante Professora Universidade de Brasília
Cases: AFEAM, AFAP e Banpará
Rodrigo Perpétuo Secretário Executivo do ICLEI América do Sul
Barbara Buchner Diretora Geral Global do Climate Policy Initiative (CPI)
Elkin Velasquez Representante Regional para América Latina e o Caribe da ONU Habitat
Gilberto Perre Secretário Executivo da Frente Nacional dos Prefeitos
Leany Lemos Diretora de Operações do BRDE
Henrique Evers Gerente de Desenvolvimento Urbano do World Resources Institute (WRI)
Moderação: Gustavo Ribeiro Diretor de projeto GIZ Brasil
Case: Fomento Paraná
Carlos Leiria Pinto Gerente para Brasil do International Finance Corporation (IFC)
Pedro Bruno Barros Superintendente de Governo do BNDES
Karla Bertocco Sócia da Mauá Capital
Marcelo Bomfim Presidente do BDMG
Moderação: Isadora Cohen Presidente do Infra Women Brazil (IWB)
Rafaela Bassetti CEO e fundadora da Wishe
Renata Malheiros Coordenadora nacional do programa de empreendedorismo feminino do Sebrae
Joselito Crispim Diretor de ESG da Akintec
Fernanda Ribeiro Co-fundadora Conta Black
Eduardo Machado Presidente do BADESC
Moderação: Thiago Thobias Advogado e Mestre em Políticas Públicas pela FGV
Cases: AGE PE, Piauí Fomento e Fomento Tocantins
Márcia Maia Presidente AGN
André Godoy Diretor FINEP
Luciano Ribeiro Superintendente Centro Cooperativo Sicoob
Bruno Pena de Sousa Diretor BNB
Eugênia Melo Diretora de Governo do Banco de Brasília (BRB)
Caetano Minchillo Gerente de Capitalização e Serviços Financeiros
Moderação: Francisco Gaetani Professor da FGV
Cases: Desenvolve Alagoas e Banestes
Stephany Griffith-Jones Professora da Columbia University
Rogério Studart Senior Fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI)
Saloua Sehili Diretora de estratégia do Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB)
Emilie Maehara Diretora Executiva adjunta do Global Fund for Cities Development (FMDV)
Moderação: Henrique Pissaia Chefe de Gabinete do Fonplata
Jeanette Lontra Presidente do Badesul e da ABDE
Laetitia Dufay Diretora para Brasil e Cone Sul da AFD
Sebastian Sommer Diretor de projeto da GIZ
Representante CAF (TBC)
Representante ONU (TBC)
Representante BRB (TBC)
Convidados



















ABDE
A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) reúne as Instituições Financeiras de Desenvolvimento presentes em todo o país – bancos públicos federais, bancos de desenvolvimento controlados por unidades da federação, bancos cooperativos, bancos públicos comerciais estaduais com carteira de desenvolvimento, agências de fomento –, além da Finep e do Sebrae. Essas instituições compõem o Sistema Nacional de Fomento (SNF).
Criada em 1969, a ABDE define estratégias e executa ações indutoras do SNF, tendo como meta o constante aprimoramento da atuação de seus associados, para que financiem com eficiência o desenvolvimento sustentável brasileiro. Realiza cursos, produz estudos e representa as instituições em mesas de debate com organismos do governo, do setor produtivo e da sociedade; além de também dialogar com parceiros internacionais e organismos multilaterais.
Das 34 instituições financeiras de desenvolvimento que integram o Sistema Nacional de Fomento, 32 são associadas da ABDE.
SNF
O Sistema Nacional de Fomento (SNF) é uma rede federativa de fomento, que reúne instituições de alcance regional, sendo federais, regionais e subnacionais, presentes em todo o país e conhecedoras das especificidades de cada local. Além de financiamentos, contribui com expertise e serviços para o desenvolvimento sustentável das regiões.
O SNF tem sido, ao longo do tempo, um importante instrumento para superar os diferentes desafios que o desenvolvimento econômico brasileiro enfrentou, desempenhando papel fundamental para o país realizar as transformações exigidas em cada momento.
Por meio da presença regional das Instituições Financeiras de Desenvolvimento e de sua vocação para o crédito, o SNF alcança todas as regiões do país e atua conforme suas peculiaridades, a partir das políticas públicas definidas como prioritárias em cada região, para financiar projetos que proporcionem o crescimento sustentável de cidades e de estados, ampliando o alcance do sistema financeiro nacional.
Em outros países, as estruturas dos Sistemas Nacionais de Fomento locais possui uma configuração semelhante à brasileira, com uma rede de Instituições Financeiras de Desenvolvimento regionais e uma instituição maior e central que atua em diversos setores. Na Alemanha, o KfW se conecta a outras 17 instituições financeiras públicas subnacionais distribuídas no território alemão. Mas há também bons exemplos em França, Coreia do Sul, Índia, China, Japão e México.